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Por que a maconha é proibída?
Tendo em vista as associações que estavam sendo feitas da maconha à criminalidade e à marginalidade, em 1937, foi publicada
uma matéria em uma revista americana, escrita por um funcionário público que já havia trabalhado nas leis proibicionistas
durante o período da Lei Seca, Harry Aslinger. Em "Marijuana: assassina de jovens", Aslinger condena o crescente
uso da maconha pelos jovens, atribuindo à droga as qualidades de "assassina", "cascavel" e passível de
causar irritabilidade e violência.
Entretanto, a campanha de Aslinger contra a maconha pode ter sido por motivos pessoais e econômicos. Pessoais porque Aslinger
tinha certo grau de parentesco com o dono de uma petrolífera, que estava investindo em combustíveis, plásticos e fibras sintéticas
obtidas do petróleo. Econômicos porque os produtos da maconha estavam tomando o lugar dos novos produtos desenvolvidos a partir
do petróleo.
No mesmo ano da publicação da matéria de Aslinger, 1937, o plantio e o uso da maconha nos Estados Unidos foram proibidos.
Seguindo o exemplo americano, a planta foi logo proibida na Europa.
A primeira lei brasileira proibindo a maconha é de 1830 e a pena para os traficantes, que eram em sua grande maioria brancos
de classe média, era menor do que para o usuário, que eram os negros escravos: enquanto o primeiro pagava 20.000 réis, o segundo
teria três dias de prisão. Mas essa primeira lei não foi levada muito a sério e a proibição definitiva aconteceu somente na
década de 1920.
Na década de 1960, com o movimento hippie, a maconha, embora já ilícita, tornou-se mais popular, por ser uma das "drogas-símbolo"
do movimento.
Em 1976 a Holanda decidiu legalizar o uso da maconha, devido às diversas pesquisas feitas comprovando que a droga, mesmo
que nociva à saúde, não merecia tamanha balbúrdia da parte do governo.
Atualmente, a planta Cannabis Sativa pode ser encontrada no mundo inteiro, devido à sua expansão. Seu uso medicinal é
quase nulo, pois seu reconhecimento como medicamento é pequeno: é recomendada para reduzir náuseas e vômitos decorrentes do
tratamento de câncer e para abrir o apetite. No Brasil, seu uso, mesmo como medicamento é ilegal. Já seu uso como droga alucinógena,
é bem grande: é a terceira droga mais consumida no mundo.
Na Jamaica, a maconha ainda é cultivada e muito utilizada com fins ritualísticos: acredita-se que ela possui poderes místicos
e divinos, e por isso afasta maus espíritos. O hábito de fumar maconha é um rito, um conjunto de atitudes, costumes e crenças
da sociedade, além de ter participação na religião rasta. Nas classes mais altas da população esse hábito é condenado.
O THC, Tetrahidrocanabinol, a substância ativa da maconha, é uma resina que a própria planta produz para proteger suas
folhas e flores do sol forte. Hoje em dia, a concentração de THC na maconha vem aumentando cada vez mais, pois as plantas
são cruzadas e tornam-se mais potentes.
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